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O copo meio cheio

  • Fernanda Galvão
  • 25 de junho de 2023
O copo meio cheio

De vez em quando paro para refletir sobre como a vida tem sido generosa comigo há algum tempo. Já passei por tantas situações difíceis, e quando penso nelas hoje, me remeto a uma época sombria, escura, sem luz, onde nada encantava ou alegrava. Posso enumerar os momentos em que vivi desta forma. Não foram muitos, mas foram intensos e duradouros… e só foram assim porque eu deixei que tomassem esta forma. 

Hoje, quando um problema se apresenta pra mim, procuro olhá-lo sob a ótica da luz e da verdade. Procuro enxergá-lo como uma oportunidade de crescimento e evolução. E busco enfrentá-lo com as ferramentas que tenho e com o apoio de quem sempre está ao meu lado. Alguns problemas resistem mais, outros menos, mas todos são solucionáveis sem eu ter que mudar o meu cenário de luz para aquele de escuridão. Nunca mais precisei visitar este lugar, onde os problemas aumentavam de tamanho, alimentados por mim. Percebi que somos capazes de transformar tudo, tanto para o lado bom quanto para o ruim. Transformar para o bom está sendo o único caminho possível. Depois que consegui fazer esta transformação, o medo foi embora e deu lugar à esperança, força e coragem. 

Hoje tenho tentado mostrar esta ótica para as minhas filhas, quando elas dividem comigo as questões que se apresentam para elas, em seus universos… questões, para elas, tão desafiadoras quanto as minhas. Nesta análise, vale se permitir afastar de quem está provocando o incômodo, vale se respeitar e não permitir nenhum tipo de abuso, vale pensar muito sobre a resolução e menos sobre o problema em si. 

Estes dias conversei com uma pessoa que admiro muito, meu maior exemplo de ser humano transformador de problemas em crescimento e ele havia passado por duas situações difíceis e sequenciais: uma cirurgia não programada e um acidente de carro, obviamente também não programado, que teve como consequência somente danos irreversíveis ao carro. Ele disse algo que me marcará para sempre: “as pessoas têm falado que estou numa maré de azar, mas eu me vejo como um sortudo: passei por uma cirurgia de sucesso e bati o carro sem nenhum dano aos envolvidos.”. Pode parecer piegas, mas nada é mais reconfortante que enxergar o copo sempre meio cheio.

 

Agradeço a imagem da Pixabay, de Leopictures.