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Dezembro… Época de queda capilar, insônia, alergia, acne fora do período, tremor nos olhos, comer demais ou de menos, alopécia. Época da falta de tempo, das palavras atravessadas, dos comportamentos agressivos e grosseiros, desavenças, falta de paciência. Época do pouco tempo para muita demanda, da frustração de não ter dado conta das demandas do ano, do conformismo por não ter mais tempo para resolver o que ficou pendente. E no meio deste turbilhão, época de ir comprar os tantos presentes para a família, os presentes dos amigos secretos da firma, de comprar os insumos para a ceia do Natal, para a ceia do Ano Novo… Época de gastar mais do que de costume, e se preocupar com estes gastos que acabaram virando fixos de dezembro, neste pacote todo que se chama “eventos de fim de ano”. O corre corre nos shoppings, no supermercado, nas lojas. Ah! Mas a Black Friday ajuda! Será? Época de fazer malabarismos para conseguir passar o 24, 25 e 31 de dezembro e o 1° de janeiro com a família pequena, média e grande. Época de sentir o cansaço do ano todo e ainda precisar de mais energia para as festas, que também consomem energia.
Sou a favor da quebra dos paradigmas, daquilo que foi estabelecido há muito tempo e que ninguém para e repensa. Precisamos de toda esta parafernália das ceias? Cozinhar o dia todo de 24 e 31 de dezembro e depois estar cansada para a parte amorosa e social do evento? Não acho justo. Milhares de opções de comidas enquanto muitos tem muito pouco, desperdício nos pratos superestimados e muitas sobras guardadas nas geladeiras, tanto que até enjoa pensar em comer a mesma coisa? Não parece nada justo. Precisamos jantar tão tarde assim? Ficar se “alimentando” de petiscos até 11 da noite ou meia noite até que a ceia seja servida. Nada, nada justo. Precisamos engatar um evento noutro e não nos conectarmos com ninguém, principalmente conosco?
Minha essência precisa, nestes momentos tão marcantes, como o fim do ano, de reflexão. Preciso de silêncio, preciso me recolher, avaliar o ano que passou, preparar o terreno para receber o próximo ano. Preciso brincar com minhas filhas, passear com elas, namorar meu marido, tocar e cantar com ele, olhar nos seus olhos e renovar secretamente (na minha mente) meus votos de amor por ele, curtir minha família maior (sem formalidades), tomar sol, me exercitar, cozinhar por prazer e com tempo, continuar lendo aquele livro que passei o ano todo lendo em doses homeopáticas, ver minhas poucas e eternas amigas. Este é meu ideal de fim de ano.
Quero viver estes próximos dias, até a chegada do ano novo, atenta e vigilante, evitando os excessos nocivos que teimam em aparecer neste período. Penso que dia 31 de dezembro, mais importante que estar vestida de alguma cor específica, quero ter dentro de mim as cores branca, laranja, amarela, rosa e verde. Quero estar em paz, em harmonia, com energia e força, alegre, amorosa, com a saúde em dia… E, na esperança de dias melhores! E que venha nosso 2024!
Foto tirada pela minha filhota Tamara, num passeio só nosso.